Escolha um bom orientador

Sinopse: Escolha um bom orientador (PALAZZO, 2020).
O processo de escolha de um orientador não deve ser uma escolha isolada. É necessário observar vários outros fatores. Qual a instituição? Qual a forma de financiamento para poder permanecer no período da pós-graduação? Lembre-se que suas escolhas serão parte de sua vida por cerca de dois a quatro anos. O ideal é que você só escolha o orientador após responder às perguntas acima. Você deve fazer a melhor decisão dentro de sua limitação. Se o aluno estiver disposto a passar o tempo necessário para conclusão de seus estudos, é melhor que seja planejado. Para a tomada de decisão, podemos quebrar as perguntas anteriores em três novas indagações: Onde? Como? Com quem?
A primeira questão é: Onde? Se gostar de competitividade não hesite. Selecione a melhor universidade e o melhor orientador. Não caia na ilusão de acreditar que pelo fato de não conseguir entrar nessa universidade seu futuro estará arruinado. Isso apenas significa que você precisa escolher a melhor universidade para o seu perfil.
Existem dois níveis na pós-graduação: Mestrado e doutorado. Não se faz necessário que o aluno realize o curso de mestrado no exterior. A maioria dos mestrados do país possuem maior conceito do que os do exterior. Isso ocorre devido à reformulação de Bolonha, em que criaram uma série de cursos rápidos e, para esses cursos, há uma séria dificuldade na revalidação desses diplomas no Brasil. Ressalta-se que os únicos fatos a serem considerados para que realização de mestrado no exterior são: A não existência de cursos no país (algo extremamente raro) e a possibilidade de intercâmbio. A escolha pelo último motivo também deverá ser extremamente calculada, haja vista que só há financiamento para pesquisas de mestrado no exterior, caso ocorra a total inexistência de programas relacionados à área no país.
Para os alunos de doutorado também existem possibilidades exteriores.O mais conhecido é o doutorado sanduíche. Em que o pesquisador um período no país de origem e outro em outra região geográfica. Este modo é até bem melhor visto, uma vez que o aluno mantém vínculo com às duas instituições.
Procure pelos currículos Lattes de seu possível orientador. Observe as publicações recentes, h-index e google scholar. Verifique se o orientador possui tempo integral para o grupo de pesquisa em que você almeja trabalhar. Olhe os temas das teses e dissertações, verifique se eles são atuais e relevantes na área de pesquisa. A infraestrutura do programa é adequada? Caso não encontre vídeos ou fotos na internet, procure ler guias de universidades e tente entrar em contato com ex-alunos da instituição. Lembre-se de anotar tudo e realizar uma avaliação item por item.
A segunda questão é: Como? Essa questão deve ser alinhada com sua condição financeira. Verifique a possibilidade de bolsas nos projetos de pesquisa. Veja se é possível trabalhar um período antes de entrar na instituição. Existem bolsas disponibilizadas por instituições governamentais, mas essas são destinadas para os alunos com os melhores desempenhos acadêmicos. Existe também, para algumas instituições, a possibilidade de bolsas com vínculo à indústria. Caso seja necessário optar por essa modalidade, verifique a linha de pesquisa da bolsa e tente alinhar ao seu projeto.
A última pergunta baseia-se em: Com quem? É valido mencionar que um bom orientador é uma peça importante para o processo da pós-graduação, mas não é ele quem escreve o trabalho. Tente estabelecer uma boa relação com o mesmo. Procure conversar com ex-orientandos e conhecidos do grupo de pesquisa.

Referências

Palazzo, J.M.O; Escolha um bom orientador. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (21 min). Publicado pelo canal José Palazzo Moreira de Oliveira. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QzFubcnfLEw. Acesso em: 25 ago. 2021